Noite fria… Inverno…
O sino na torre da capela dá 3 badaladas…
Acabo de sacudir o genital e preparo-me para voltar para a cama quando me apercebo de uma janela aberta no andar de cima. O vento sente-se no interior da casa… as árvores, lá fora, sacodem agora as últimas folhas que tentam resistir…
A luz do corredor, talvez motivada pela queda de algum poste, falha. Calço melhor os chinelos e dirijo-me à cozinha para acender uma vela… nessa altura um arrepio gelado atravessa-me a espinha com a rapidez daquele relâmpago que acabara de cair, não muito longe dali.
Lembro-me de ter ouvido, à noite no telejornal, o testemunho de um casal que afirmara ter visto “alguma coisa”, talvez um lobisomem, a rondar a zona nessa semana.
Olho para o fundo do corredor e paraliso…, um vulto permanece parado à entrada da cozinha…
Tento apoiar a mão trémula na mesa do telefone no corredor e encontro um isqueiro que tinha usado para acender as velas na noite passada. A janela aberta no 2º piso insistia em não deixar a chama do isqueiro quieta… o vulto agitava-se…
Cerro os dentes, tento proteger a chama com a outra mão e aproximo-me… devagar, mais um bocadinho… O vulto era agora mais definido, semicerro os olhos, o frenesim que se fazia sentir no andar de cima era agora mais intenso, as pernas tremiam…
Os segundos pareciam horas… nesse instante uma rajada de vento atravessa a sala e ouço uma voz:
“Tójó, ‘tás podre ou quê? Anda pá cama e deixa-te de merdas!” – era a Lúcia. Tinha ido à cozinha beber água…
Meu amigos… a única coisa que eu acredito, ainda, é no Pai Natal!
Não acredito em bruxas, mas que as há, há…
a besta
O sino na torre da capela dá 3 badaladas…
Acabo de sacudir o genital e preparo-me para voltar para a cama quando me apercebo de uma janela aberta no andar de cima. O vento sente-se no interior da casa… as árvores, lá fora, sacodem agora as últimas folhas que tentam resistir…
A luz do corredor, talvez motivada pela queda de algum poste, falha. Calço melhor os chinelos e dirijo-me à cozinha para acender uma vela… nessa altura um arrepio gelado atravessa-me a espinha com a rapidez daquele relâmpago que acabara de cair, não muito longe dali.
Lembro-me de ter ouvido, à noite no telejornal, o testemunho de um casal que afirmara ter visto “alguma coisa”, talvez um lobisomem, a rondar a zona nessa semana.
Olho para o fundo do corredor e paraliso…, um vulto permanece parado à entrada da cozinha…
Tento apoiar a mão trémula na mesa do telefone no corredor e encontro um isqueiro que tinha usado para acender as velas na noite passada. A janela aberta no 2º piso insistia em não deixar a chama do isqueiro quieta… o vulto agitava-se…
Cerro os dentes, tento proteger a chama com a outra mão e aproximo-me… devagar, mais um bocadinho… O vulto era agora mais definido, semicerro os olhos, o frenesim que se fazia sentir no andar de cima era agora mais intenso, as pernas tremiam…
Os segundos pareciam horas… nesse instante uma rajada de vento atravessa a sala e ouço uma voz:
“Tójó, ‘tás podre ou quê? Anda pá cama e deixa-te de merdas!” – era a Lúcia. Tinha ido à cozinha beber água…
Meu amigos… a única coisa que eu acredito, ainda, é no Pai Natal!
Não acredito em bruxas, mas que as há, há…
a besta