Jantar do Covil

E lá foram chegando as Bestas para o jantar.
- Este é o ... As cervejas estão lá em baixo na arca.
- Ah! Então tu és a ...
- Aqui é o jardim este matagal dá cá um trabalho. Este é o Ringo.
- Vais lá baixo, traz uma cervejola. - Então traz duas.
- Epá este muro está fantástico, falta-me a minha máquina, e o céu está demais ...
- Aquilo tem mesmo vinho ou é a brincar?
- Tem, aquilo é óptimo, assim o vinho não apanha ar.
- Quem quer um kir?
- Humm! É bom
- Achas que esta já está?
- Sim. E aquelas?
- Só mais um bocadinho do outro lado.
- Quem quer batatas fritas?
- Vais lá baixo, traz uma cervejola. - Então traz duas.
- Ainda vou comer mais uma.
- But sobremesas.
Seguiu-se café com concerto no bar do club de São Joaninho. No entanto não passou de um aquecimento para o passo seguinte.
De volta ao local do crime, e fez-se música. Os instrumentos tocados por que sabe, retribuiram da melhor maneira.
- Vais lá baixo, traz uma cervejola. - Então traz duas.
Alguns intrumentos musicais menos obvios como duas colheres ou o plástico de um maço de tabaco deram uma contribuição decisiva. Cantaram, tocaram, até tarde.
Já não estava lá quando acabaram mas foi um serão muito bem passado.

Publicidade

Tenho andado a matutar numa coisa, já vai para algum tempo... Tem a ver com a publicidade de coisas para crianças.
Lembram-se da publicidade em que miúdos estavam a jogar basket (acho eu) e não estava a correr bem mas depois comem uma porcaria qualquer e já tudo corre bem, ficam com mais força, pontaria e confiança?
E noutros anúncios, os miúdos ficam mais populares entre as miúdas depois de comerem um Kinder ou parecido.
Bem, além da mensagem publicitária que era o objectivo inicial, não estará também a passar uma mensagem de facilitísmo?!
- Não sabes jogar à bola, pequenote? Não faz mal come bolachas KÓKÓ e tudo fica resolvido. Bolachas KÓKÓ, todo o sabor da bolacha e agora com mais sabor a KÓKÓ!!
Na realidade, para jogar melhor é necessário treinar muito e isso cansa, rouba tempo e por vezes é desanimador...
Ser popular entre as miúdas nem falo no assunto... Não falo do que não conheço e pronto!
Então como é que deviam ser os anúncios?
Directos, tipo... aparece um gajo a dizer:" olá bo' tarde, este detergente não vale uma merda mas o meu papel é vir aqui tentar convencer o pessoal que isto é mesmo bom!!"? Não me parece...
E se quiserem acabar com os anúncios, o que é que vamos ver na televisão? Novelas sem intervalos!!!! NÃOOOOO!!
Voltem anúncios, estão perdoados e já agora o antigo programa “Mil imagens”.
Quem não se lembra do mitico anúncio do Pai Natal a bater no vidro:" eu quero bombocas, bombocas..."? Quem...? Só mesmo quem já não se lembrar da série "os 3 Dukes" e do "Tom Sawyer"!!! Mas nesse caso não é digno do ar que respira! :-)
Hoje em dia a publicidade é mais manipuladora e foram desenvolvidas técnicas de persuasão mais apuradas, se bem que... quem é que acredita que comendo Danoninhos os putos ficam mais altos e fortes??
Ou que o detergente Xau deixa a roupa naquele estado? Ninguém!

Já agora... vai uma bolachinha KÓKÓ?

Culpado: D. Afonso Henriques

“Ah! Porque não sei quê… se não fosse D. Afonso Henriques estaríamos todos muito melhor e por esta altura éramos espanhóis e não tínhamos que gramar ordenados mínimos de 70 contos nem IVA a 21%.”

Vamos lá a ver…
O homem estava apenas a defender aquilo que era dele e a tentar conquistar mais, que era o que se fazia na altura, certo?
E quanto a mim fez um excelente trabalho. É claro que vieram outros e estragaram. Como acontece em quase tudo, vêm uns e estragam aquilo que os outros se sacrificaram tanto para construir. Mas não é disso que quero falar agora...
Eu sou o gajo que menos de História percebe, e estou sempre a falar de História!!!
É uma expressão cada vez mais comum, dizer que se tem vergonha de ser português.
Todos os dias recebemos mails a denunciar situações de injustiça social, principalmente no que toca às reformas e ordenados dos nossos governantes. Mas também não quero falar disso agora…
Tudo bem que os espanhóis ganham melhor, têm maior poder de compra, não se conhecem tantos casos de corrupção ou outros casos polémicos como Casa Pia, Apito Dourado, Sacos azuis, etc, etc, mas uma coisa é certa….a Soraia Chaves é nossa!!!
Mas também não quero falar disso agora…!
No fundo gostava de dizer ao espertalhão que inventou a expressão mencionada acima em epígrafe o seguinte:
“Ó artista, as maiores guerras que se fizeram foi pela independência de nações, logo não podes imaginar quantas pessoas morreram. Isto tudo para preservar o legado que os nossos antepassados deixaram e não oferecer de mão beijada uma coisa pela qual lutou e morreu tanta gente.”

Vergonha de ser Português? Claro que não!
Vergonha do que alguns portugueses fazem? Claro que sim!

a besta…

Jantar

Este é o aspecto do frigorifico...
Pois é, vai acontecer amanhã o 1º jantar do Covil da Besta.
Somos 17!
No próximo vamos ser com toda a certeza muitos mais.
Eu penso que é bom partilharmos opiniões e conhecimento, interagir, aprender com os outros, discutir, não concordar com este ou aquele ponto de vista.
Num blog podemos fazer isto tudo e muito mais. Podemos "falar" quebrando tabus, opinar sem ter que corar, uma montanha de coisas.
Existe a parte má, podemos mentir, escondermo-nos atrás de um nick, inventar.
Em 4 meses tivemos 3000 visitas, foi bom!
Eu defendo a qualidade em detrimento da quantidade. Essa é a base do Covil da Besta!
Obrigado a todos, sem excepção!

Até amanhã!

a besta...

dinheiro VS valores

Um dia destes fui confrontado com um dos maiores dilemas da humanidade…
Qual era o meu preço? Sim, porque toda a gente tem um preço!
O que era capaz de fazer se me dessem o dinheiro que eu quisesse?
Eu disse:- “ Bem, eu… pois… sabes… se calhar eu… muita coisa!
Sem ter hipótese de continuar o meu raciocínio, continuou: -“Se te dessem muito dinheiro, muito dinheiro mesmo, o que tu quisesses, para deixar a tua mulher, o que fazias?”
Ora bem… eu sou do “tipo” conservador e defendo que há coisas que o dinheiro não pode comprar. E uma dessas coisas é o amor, a lealdade e outros valores igualmente nobres.
Foi então a minha vez de perguntar à pessoa que me questionava se ele era capaz de baixar as calcinhas por muito dinheiro. Respondeu-me prontamente: “Com ou sem vaselina?”
Corei…
Desde então, isto não me sai da cabeça…
Ok, eu até era capaz de comer um rato, sei lá… meter a mão num pote com cobras, dar uma mijinha em público, etc, etc mas... existem limites!
A minha dignidade não tem preço. O respeito por nós próprios, então e onde está a nossa consciência, hã?
Quer dizer... ficava rico, podre de rico, tinha tudo, barcos, casas e carros mas será que conseguia dormir à noite?
Onde é que começa e termina a nossa qualidade de vida?
Será o dinheiro a felicidade absoluta, a imortalidade digna?
Serei menos feliz por ambicionar menos do que aquele que tem tudo e ambiciona mais?
Não creio!

No fim disto tudo, estou mais tranquilo porque descobri que sou feliz e não tenho aqueles sofás de pele que vi no Fórum Viseu.


A besta…

Quando nos fazem um favor respondemos – Obrigado. Estamos a dizer – Agora estou em dívida contigo. Agora tenho uma obrigação.
Isto é transformarmo-nos em comerciantes de favores em vez de amigos que fazem com todo o gosto um gesto ao amigo.
Uma possível solução é não dizer nada ou até responder com a simplicidade das crianças:
- A avó deu uma bolacha, como é que se diz?
- Quero mais.
Outra é passar a usar o antiquado Bem-haja.
Apenas reconhecemos, perante todos, a boa acção do outro sem nos colocarmos como devedores de nada.
O outro fez o favor sem interesse (esperamos) e nós quando o outro necessitar lá estamos, não é preciso dizer.
Ora então um Bem-haja a todos os visistantes do Covil.


Postado por XICOte