28 novembro 2006

Religiões

Li há dias num artigo que a posição do Vaticano em relação ao uso do preservativo mesmo em questões de higiene ou companheiro com HIV é rígida e inflexível. Não há preservativo para ninguém!
Querem “coiso e tal”? Casem-se, amem-se, morram! … E tenham filhinhos…, muitos filhinhos!
Já deu para perceber que Deus, corrijo, a Igreja Católica não gosta das mulheres.
Não há aborto, não há preservativo, não há mini-saia, barriga ou perna à mostra para ninguém!
Uma coisa engraçada…
Eu acho que a Igreja devia ter uma ou várias representantes femininas no “grupo de trabalho”. Ninguém as defende! São todos homens, Papa e Bispos. Como é que eles vão discutir coisas sobre as mulheres?
Estou a imaginar… alta reunião com os bosses todos na Basílica e um gráfico de pecados mortais no portátil do Santo Padre em PowerPoint. Chega ao 3º ponto da ordem de trabalhos: Castidade. Tudo a olhar com cara de nojo…
Eu vejo esta coisa toda da religião como o futebol. Cá em Portugal temos a Liga de clubes: Católicos, Manas, Jeová, Protestantes, Adventistas, Igreja Universal, Islão, etc, etc. Jogam sempre ao fim-de-semana, tem adeptos, há sempre aqueles que vão à frente, etc
Depois temos a Liga dos Campeões: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, “Brahamismo”, “Zambismo”, etc.
Tudo puxa para o seu lado… defendem-se, matam-se, andam à porrada e arranjam inimigos porque se guiam pelo coração. Isto faz sentido?
Corrijam-me se estiver errado, mas Deus não é paz e amor? Isto não devia ser o Paraíso? Já não bastava termos que levar com a Floribella todos os dias, ainda temos que nos sujeitar a isto?
É justo… Deus põe-nos no mundo dá-nos todas as condições e … direito de escolha. No fundo somos um viveiro para divertir a entidade divina!
A religião é uma coisa imposta à nascença e vigiada de perto pelos pais para não nos “desviarmos do caminho” enquanto não temos direito de escolha. Depois compram-nos o “equipamento” e pronto, já estás do lado de cá!
Calma…
Eu respeito todas as religiões monoteístas e politeístas, antigas ou modernas. Estou apenas a tentar agitar um bocadito o vosso espírito critico.
Não me considero agnóstico mas também não sou o católico satisfeito. E tenho o grande defeito de colocar tudo em xeque e questionar tudo o que considere imperfeito. Se não tenho resposta e os argumento são (apenas) a fé… para mim não é o suficiente. Sou o eterno insatisfeito.
Numa coisa acredito, a religião é a nossa âncora e quem acredita é mais feliz, vive mais tempo e com mais qualidade.


a besta…

17 novembro 2006

Piercings...

Existem duas coisas neste mundo que me causam alguma confusão na cabeça…
A primeira é, sem dúvida, o fenómeno Floribella. A segunda, são os piercings na “papoila(o)”!
Ok, eu até entendo um piercingzito no nariz, ou orelha, ou sobrancelha, ou umbigo. O objectivo é estético, mostra irreverência e é de certa forma audaz. Eu gosto e em certas pessoas até as favorece francamente. Ajuda-as a integrar num grupo de amigos do seu interesse e desperta alguma atenção no sexo oposto.
Mas agora… na reçadoira? Pessoal, aquilo devem ser umas dores!! Ou não…
Não me estou a imaginar a ser assediado por uma tipa num bar: “…queres ver o piercing que tenho espetado nas minhas carnes moles?” Fónix!
Esse tipo de coisas provoca-me atrofia muscular na extremidade mais baixa do meu intestino.
O mesmo se deve passar com os gajos…, a sacudir aquilo numa casa de banho – tlim, tlim, tlim!
Eu não sou do tipo conservador mas estou a tentar imaginar a utilidade da coisa. Mesmo no sentido estético ou acessório.
Estou a imaginar o tipo do ourives: “ vá rapar isso e volte cá!”.
Numa mamoca também tem a sua piada. Gosto! E em rapazes parece ainda melhor…(?)

Quanto ao fenómeno Floribella… não tenho nada a dizer, obrigado!



a besta…

03 novembro 2006

2 em 1 : stôra, dá licença?


Depois de tanta polémica com a educação, apetece-me escrever alguma coisa. Sobre os professores é claro, que não podem ser culpados pelo estado em que estão as coisas mas sem dúvida que têm de começar a ser avaliados e a subirem na carreira não pelo tempo de trabalho mas sim pelo trabalho demonstrado. Igual aos outros todos.
Esta é a minha opinião que amigos e familiares conhecem. E mais não digo.
Agora sobre os meninos, bem o caso muda de figura…Há 30 anos atrás quando um aluno se portava mal, era o aluno que levava e não era o professor a levar do pai do "coitadinho do menino".
A minha mãe dizia à dona Lucília: - Se ele se portar mal carregue-lhe! Os meus colegas eram quase todos do mesmo clube.
Quem não fazia os deveres ficava de castigo no intervalo.
Quando a dona Lucília entrava na sala, ficávamos de pé. Quem ia ao quadro podia ser brindado com uma canada ou uma reguada.
Já nesse tempo havia “outras formas” de ensinar mas sempre houve educação e respeito e também medo confesso.
Hoje os alunos fazem o que querem, os professores nem educação conseguem ensinar quanto mais instrução...
Os meninos não se podem chumbar, quero dizer reter, chumbar já se não usa, pode ser traumático...
Tudo parece fácil hoje, ou melhor tudo é apresentado como sendo fácil:
- Aprenda línguas sem esforço!
- Emagreça em 10 dias sem sofrimento!
- Compre este electrodoméstico com oferta daquele e fique com mais tempo para dar umas quecas com o seu marido!
- Precisa de dinheiro?! Com crédito já é imediato!
- Não consegue cagar?! Tome um por dia, nem sabe o bem que lhe fazia!
Assim vamos nós preparando os homens ou melhor dizendo os pagadores-de-impostos-detentores-de-crédito-à-habitação do futuro.
Depois vejo uma reportagem onde a nossa massa cinzenta tem de ir para a República Checa estudar medicina porque esta amostra de país não tem escolas para eles.
Lá têm de passar às cadeiras todas para passarem de ano, as aulas são em Inglês, têm de ter no mínimo 15 valores nos testes para passarem, têm testes mensais, estão longe da família e amigos, se chumbarem duas vezes à mesma cadeira são expulsos...
Um aluno que não se tenha habituado a sacrifícios durante os 12 primeiros anos de escola, que não tenha ganho gosto em aprender, não conseguirá ultrapassar esta última barreira.É fundamental incutir o gosto em aprender, aprender é um jogo, uma brincadeira e por isso cada um deve jogar o jogo que escolheu mas com gosto.
Se o pai do Cavaco não o tivesse castigado quando ele chumbou e tivesse ir dar pancada no professor, hoje tínhamos outro PR.
(Post inspirado numa crónica do José Pedro Gomes na TSF)


Postado pelo Xicote


Que bem... apetece-me assinar por baixo este post do Xico, mas não... vou contar-vos outra história/estória...
Eu sou do tempo… :-) de escola do Xico e conheço bem aquilo que ele diz. Sim, também andei na escola "dos porcos", da feira e conheço a dona Lucília...
A ideia é mesmo essa: não fazes os "tpc's" ao outro dia levas com a régua (tão conhecida minha). Isso leva os miúdos a aplicarem-se uma vez que os pais não têm tempo para acompanhar essa evolução e essa construção do futuro estudante.
Não me lixem! Os papás ficam todos revoltados porque o professor encostou “carinhosamente” a mão na orelha do puto porque ele foi preguiçoso ou arrogante e depois deixam-nos fechados nos quartos a fazer porcarias na Internet! Qual é a lógica disto? Qual é a maior agressão?
É só porque o filho é “propriedade” minha e eu educo-o à minha maneira?
Hoje agradeço à minha mãe ter dito à minha professora para me “dar” sempre que merecesse. E já agora: obrigado professora Alcides!!
Estou claramente em vantagem neste aspecto de poder avaliar a evolução da (des) educação por ter estudado até ao 12º e passado quase duas décadas (quase…) ter recomeçado a estudar.
Fiquei boquiaberto com o que se passa nas escolas ditas “superiores”…
Durante algum tempo ainda fiquei com aquela na cabeça: superiores em quê?
Depois apercebi-me que estava num curso de artes :-)!
O grande (e único) argumento dos estudantes de agora passa por se dizer que a vida académica é fixe porque se bebem muitos copos à noite. E a vida académica passa-lhes mesmo ao lado!
Eu também bebi muitos e não estava no ensino superior… :-).
Eu digo, a vida de qualquer estudante é fixe porque se aprende e esse é o nosso grande poder e trunfo, o conhecimento!
A minha grande esperança é a de que com estas facilidades todas, como diz o Xico, estejamos a formar neste momento profissionais e pessoas melhores do que aquelas que somos, ou seja, menos poluidores, mais interventivos nas questões sociais e com mensagens mais eficazes para as novas gerações.

Vamos ver… digo eu, não o Steve Wonder!
(eu sei, foi baixa…, mas o que é que querem, a minha formação académica não me permite outra coisa… :-))


a besta…