13 abril 2007

Estudo de caso

Dou por mim muitas vezes a estudar as pessoas. A avaliar o seu comportamento, a sua atitude na sociedade e até mesmo a sua utilidade e função.
A pessoa que mais questiono sou eu. E isso não me faz melhor ser humano, porque como é óbvio tenho sentimentos e ajo em conformidade. Depois tudo depende do meu controlo sobre eles e a forma como eu os escondo em algumas situações para poder viver em sociedade.
As perguntas que mais me perturbam são: o que andamos cá a fazer, qual a nossa missão, o que é correcto fazer? E isto não acontece só comigo, acontece com toda a gente.
Penso… ok, temos que nos divertir, porque qualquer dia isto acaba.
Muitos chegam a ponto de consumir drogas para atingir estados de espírito que os ceguem e convençam de outras coisas para atenuar o pensamento do final.
Outros, já mais preocupados com a longevidade e a beleza, acham que o segredo é apostar tudo na saúde e assim conseguir uma melhor qualidade de vida. Não fumam, não bebem e evitam outros comportamentos de risco.
Alguns não pensam sequer nisso e vivem o dia-a-dia como se fossem eternos. Trabalham, estudam e divertem-se à maneira deles.
Outros têm como garantida a sua passagem para a eternidade e consequentemente a felicidade, com uma vida dedicada à devoção. Não se preocupam com estas coisas.
Existe também uma “estirpe de espécimes” que como são frustrados por alguma razão, dedicam-se a uma vida que não é a deles e cuja função é dificultar a vida dos outros. Espécie a aniquilar!
E há ainda aqueles que cuja missão é proteger o planeta para as gerações futuras e dedicam as suas vidas a causas nobres e ajudar os outros. Lutam pela continuidade da espécie e pela qualidade de vida dos outros. São vegetarianos e uma espécie em vias de extinção. :)
E finalmente aquela espécie mais comum que pensa na morte esporadicamente, não são obcecados pela saúde, trabalham, vão a festas, viajam, lutam ocasionalmente por uma causa para ficar bem vistos na comunidade e interessam-se pelo aspecto exterior das coisas.
No que toca ao meu caso, a minha missão é: deixar marcas na sociedade de maneira a não ser esquecido rapidamente, apoiar causas e ficar bem visto, ajudar o próximo que precise, e lixar uns quantos. Como animal que sou, dar continuidade à espécie (essa parte também já fiz…), entrar em exageros ocasionalmente quando a situação o exige, etc, etc, etc… no fundo, não conheço ninguém diferente!

Há quem me chame o Ghandi lá do bairro… :)


a besta…

6 comentários:

  1. No meu caso já passei ou ainda tenho traços de alguns dos casos que falaste mais extremos.
    Quando regressava a casa à noite um policia mandou parar o Bocage e perguntou-lhe:
    - Quem é, de onde vem e para onde vai?
    - Eu sou o Bocage, venho do Nicola, e vou para o céu se dispara a pistola!!

    Pelo menos para o Bocage estava tudo bem claro ;-)

    xicote

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  2. Olá!
    O "inimigo" trioocoolto agora chama-se Lupa.
    http://lupalupalupa.blogspot.com

    Abraço

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  3. O TÓJÓ um "GHANDI", ele é mais um GANDIM"...

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  4. Eu é que sou um GHANDI do meu predio.

    Tar a ouvir ha duas horas no andar de cima, O emanuel e a cabritinha e poe os braços no ar... e tar calado é d'homem...

    jorge

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  5. Ó tójó, tens que colocar aqui mais uns posts! k axas? ain?

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  6. Olá, Töjö!

    Sabia que eras grande, pois sempre te achei o maior entre os primatas com quem fui me cruzando pelo caminho, caminho que nem era meu. Agora chegaste à Ghandi! Parabéns, valeu a pena a tua luta. Agora, em vez de Grande, és um Ghandi Grande ou serás um Grande Ghandi?
    Por cá, vou levitando, observando as pessoas e me achando muito parecido com elas, de acordo com o momento. O que vim cá fazer?... Não sei. É tudo tão confuso!... Acho que a cegonha perdeu a búsola e veio me trazer ao planeta errado. Socorro! Levem daqui!... Mas antes de partir, deixo-te um grande abraço.
    Pode ser que um dia volte, quando for grande... ou quando for Ghandi como tu.
    Vê se dá notícias, cara! Onde é que te meteste?...
    AgLima

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Comentários